Bethânia no show de Vanessa da Mata? Foi assim...

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A participação de Bethânia foi pouco divulgada. Curioso. Quando Fernanda Montenegro, que estava como Mestre de Cerimônias ao lado de sua filha Fernanda Torres, anunciou que a grande voz estaria presente, muitos olhares de surpresa entre a plateia.

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Bethânia não foi anunciada por Vanessa. Quando “Chega de saudade” mudou de tom ela surgiu do fundo do palco. Os fotógrafos se moveram em bando para a beira do palco e – como é de se esperar – a energia do show mudou. Entre abraços e beijinhos de Vanessa, as duas fizeram um belo dueto do marco inicial da bossa nova. Muito bem ensaiado, diga-se de passagem.

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Vanessa deixa o palco só para Bethânia, que chama o maestro Wagner Tiso para acompanhá-la. Com ele faz “Dindi” – inédita em sua voz – e o Vivo Rio se cala. A gente percebe o que é a força da voz nesse momento e quanto é forte a presença de uma intérprete como Bethânia. Estamos em outro ambiente, muito mais intenso. A cantorona está afinadíssima e afiada com o novo maestro. O piano lhe cai bem. Sem timidez, ela percorre todos os cantos do palco, faz gestos amplos e faz a gente entender aonde vão as águas desse rio. A gente não esquece o motivo do show por pouco: está estampado em todos os lugares.

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Depois vem “Modinha”, de costas para o público e com os cotovelos apoiados no piano de Tiso/Deodato. A versão é semelhante à do álbum “Que falta você me faz”, com menor duração.

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Por fim... “Se todos fossem iguais a você”, com direito a um aceno ao telão que exibia imagens de Jobim jovem e aplausos efusivos da plateia antes da canção acabar (Boite Barroco?). Uma participação marcante que deixou vontade de um retorno no bis. Mas a abelha já havia partido. Uma pena... Bethânia acertou o tom de Tom em 4 músicas vitoriosas.

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